quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Crítica: Transformers: A Era da Extinção



Transformers: A Era da Extinção já está disponível na locadora do Paulo Coelho, e em breve em locadoras convencionais e NetFlix da vida, pra quem não viu o filme poder se deleitar das loucuras de Michael Bay, momento perfeito pra eu fazer minha crítica. Então dê play no vídeo abaixo e ao som de Good Vibrations do Mark Mark and The Funky Bunch, leia essa crítica não muito boa que fiz para a quarta sequência dos Transformers mais queridos do universo.


O único filme da franquia que eu realmente gosto é o primeiro, embora ele se perca muito no final,  em si tem ação e é extremamente divertido, e tem a fórmula que os outros deveriam ter seguido.
A Era da Extinção é a mesma coisa que os últimos dois, ação louca, uma história complexa demais pra algo que deveria ser simples. Mark Walberg como protagonista é melhor que o Shia LaBeoulf, mas fica por ai a diferença do resto dos filmes. Nada de muito inovador, as cenas de ação estão melhores, da pra ver mais o que acontece, mas o design dos robôs não ajuda muito nesse sentido, parecem um monte metal cinza enrolado com algumas partes coloridas, tem até alguns um pouco mais elaborados, tipo o robô samurai azul e o robô com uma espécie de sobretudo verde, mas ainda assim é algo que me incomoda muito na franquia.

Mark Wahlberg, vulgo Mark Mark, cagado de medo do vilão filme.
O filme tem DUAS HORAS E QUARENTA E CINCO MINUTOS, é extremamente cansativo, e é a prova de que porradaria demais não leva uma boa história de ação, e aqui entra um ponto importantíssimo, a história. Quando eu falo em enredo de um filme onde robôs alienígenas vem brigar na terra, eu não quero dizer que espero algo a nível Kubrick, ou que sou metido a crítico de cinema que julga todos os filmes com um monóculo, não é isso, o que eu quero é algo SIMPLES, uma história simples, por que afinal de contas são ROBÔS ALIENÍGENAS QUE VEM BRIGAR NA TERRA, não quero seriedade nisso, não precisa ser sério, e esse é o problema desse e das sequências anteriores, uma história desnecessariamente complexa pro tipo de filme que é, jogando um milhão de conceitos só pra ter coisas pra contar e deixar pontas soltas pra próximos filmes, seja uma algo simples, não queira ser um sci-fy inteligente por que você não é, você é Transformers! Circulo de Fogo é assim, é simples, não tenta ser inteligente ou super-fantástico e por isso funcionou bem melhor como blockbuster.



Guardiões da Galáxia está ai pra provar o quão um filme simples pode ser ótimo, e Transformers tem potencial pra ser algo a esse nível e até melhor, caso bem conduzido e infelizmente não é. Tem muita coisa gratuita e desnecessária que poderia ser limada do roteiro e não ia fazer falta nenhuma, o filme poderia ter duas horas tranquilo e seria bem melhor. Interação com personagens é horrível, tem história humana demais, tudo muito mal executado, Michael Bay não sabe criar expectativa para as coisas, tanto que quando os dinobots aparecem a gente já viu tanta cena de ação legal e já está tão cansado, que o troço não empolga, pra ter ideia eles são tão pouco mencionados do decorrer do filme, que fiquei me perguntando por que eles estavam no lugar de onde saíram, até me lembrar que la pelo meio da história o vilão explica, e depois de tanta porradaria, explosões e cosias gratuitas eu tinha me esquecido completamente.

Bumblebee tocando o terror.


Transformers: A Era da Extinção é isso, um filme longo com complexidade demais pra algo que deveria ser simples, cenas de ação fantásticas, que embora sejam melhores de entender, o design muito detalhado dos robôs ainda dificulta as vezes de saber o que está acontecendo, efeitos especiais maravilhosos, como de costume, personagens desnecessários, Mark Mark cientista, Katara do filme do Avatar (Nicola Peltz), que está linda, mas com pernas finas, Bumblebee, que ainda é o Transformer mais legal, Optimus muito louco, outros Autobots que brigam entre si o tempo inteiro, é isso, o mais novo filme da franquia está ai, e é a resultado de soltar Michael Bay da coleira dele e dizer "Vai, meu filho!". O triste é pensar que já faturou milhões e anunciaram continuações, eu fui ver no cinema, me arrependo, mas fui e acabei contribuindo pra isso, queria muito ver esses personagens que fizeram parte da minha infância nas mãos de alguém competente e com uma direção de arte melhor, queria passar o filme inteiro feliz, como foi em Pacific Rim e Guardiões da Galáxia, mas enquanto Bay estiver rendendo milhões com a franquia sei que isso não acontecer, é triste dizer, mas Transformers não me pega mais, de longe o pior filme que vi esse ano. Vá ver e tire seu próprio julgamento, se gostou dos filmes anteriores, do 2 e do 3 provavelmente vai gostar desse também.



PS: Fica a dica ai, o melhor filme dos Transformers pra mim, depois do primeiro, é animação Transformers: The Movie de 1986.




Trailer do Filme.

Trailer de Transformers The Movie de 1986






Nenhum comentário:

Postar um comentário