sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Crítica: Sin City 2 - A Dama Fatal


Nunca li nenhum quadrinho de Sin City, mas vi o filme pela primeira vez na casa de um amigo meu, e achei fantástico aquele visual quadrinhos em preto e branco noir, realmente foi um marco na minha vida, e na época surpreendeu muito. E oito anos depois do primeiro filme, temos no cinema a continuação, que foi uma verdadeira novela pra sair.

Ava a Dama Fatal (Eva Green)

Não há nada de novo em Sin City 2, o visual ainda me impressiona, e funciona muito bem em 3D, mas somente isso, parece que assisti o segundo episódio de alguma série que sai toda a semana, a sensação é realmente essa, mesma narrativa, mesmos personagens, só que agora interpretados por atores diferentes, a mudança mais significativa foi  Dwigth, que no primeiro filme foi vivido por Clive Owen e agora é feito pelo Josh Brolin, que manda muito bem.

Marv (Mickey Rourke)

Com relação a narrativa, temos a mesma formula a lá Pulp Fiction do primeiro filme, histórias de personagens diferentes que as vezes se juntam pra resolver alguma treta, o legal é que alguns eventos que se passam nesse filme, ocorrem antes ou depois do primeiro, achei divertido ficar tentando encaixar as histórias de forma linear.

Dwight (Josh Brolin)

Marv mais uma vez é o personagem mais divertido e legal de se ver, da porrada em todo mundo, mesmo brutamontes sádico, maluco do filme anterior, Dwigth está mais ameaçador sendo vivido por Josh Brolin, mas faltou o destaque no allstar vermelho, lembro que fiquei fissurado em comprar um allstar vermelho depois de ver o primeiro filme, Jessica Alba está bem caída, no anterior ela estava linda, não sei o aconteceu, mas os atributos físicos dela parecem menos chamativos, só no final, quando era pra ela estar "feia" que fica mais "tesão", como o próprio Marv diz. Mas uma personagem que merece o destaque é a Ava, a Dama Fatal, interpretada pela maravilhosa Eva Green, e é aqui que está algo que me incomodou um pouco, por mais que ela seja linda, sensual, e apareça nua no filme, é muito forçado, ao ponto de ficar meio ridículo em alguns momentos. Outra coisa que me incomodou, foram os cabos em uma determinada luta, ficou algo muito desnecessário, daria pra fazer uma cena de ação muito mais legal sem todas aquelas acrobacias extremamente falsas.

Miho (Jamie Chung)

Um ponto importante pra abordar, algo que eu não me dei conta no primeiro filme, por que eu era garoto quando vi, Sin City é machista, noir é um estilo meio machista se pararmos pra pensar, e isso pode incomodar muito o público feminino, as mulheres são retratadas como objetos, ou usam de sua sensualidade pra conseguir o que querem ou se interessam facilmente por um cara espertão que ganha dinheiro fácil, até a Gail (Rosario Dawson), líder das mulheres porradeiras da Cidade de Baixo, que é uma mulher forte e líder, fica toda caidinha pelo Dwight. Outra coisa curiosa, o filme tem só uma hora e quarenta, mas parece que assisti algo de duas horas e meia, o primeiro filme também me deu essa mesma impressão de ser algo bem mais longo do que realmente é.

Nancy (Jessica Alba) em uma das muitas cenas de strip.

Sin City 2 - A Dama Fatal é um pouquinho mais do que vimos no filme de 2005, dando a sensação de que o assistimos na semana passada, a única coisa nova realmente é o 3D, que está bem legal, coisas voam na sua cara, mas é só isso, no demais é um pouco do mesmo, quem gostou do primeiro vai gostar desse, que não é melhor, mas também não é ruim.







Trailer do Filme





quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Crítica: Transformers: A Era da Extinção



Transformers: A Era da Extinção já está disponível na locadora do Paulo Coelho, e em breve em locadoras convencionais e NetFlix da vida, pra quem não viu o filme poder se deleitar das loucuras de Michael Bay, momento perfeito pra eu fazer minha crítica. Então dê play no vídeo abaixo e ao som de Good Vibrations do Mark Mark and The Funky Bunch, leia essa crítica não muito boa que fiz para a quarta sequência dos Transformers mais queridos do universo.


O único filme da franquia que eu realmente gosto é o primeiro, embora ele se perca muito no final,  em si tem ação e é extremamente divertido, e tem a fórmula que os outros deveriam ter seguido.
A Era da Extinção é a mesma coisa que os últimos dois, ação louca, uma história complexa demais pra algo que deveria ser simples. Mark Walberg como protagonista é melhor que o Shia LaBeoulf, mas fica por ai a diferença do resto dos filmes. Nada de muito inovador, as cenas de ação estão melhores, da pra ver mais o que acontece, mas o design dos robôs não ajuda muito nesse sentido, parecem um monte metal cinza enrolado com algumas partes coloridas, tem até alguns um pouco mais elaborados, tipo o robô samurai azul e o robô com uma espécie de sobretudo verde, mas ainda assim é algo que me incomoda muito na franquia.

Mark Wahlberg, vulgo Mark Mark, cagado de medo do vilão filme.
O filme tem DUAS HORAS E QUARENTA E CINCO MINUTOS, é extremamente cansativo, e é a prova de que porradaria demais não leva uma boa história de ação, e aqui entra um ponto importantíssimo, a história. Quando eu falo em enredo de um filme onde robôs alienígenas vem brigar na terra, eu não quero dizer que espero algo a nível Kubrick, ou que sou metido a crítico de cinema que julga todos os filmes com um monóculo, não é isso, o que eu quero é algo SIMPLES, uma história simples, por que afinal de contas são ROBÔS ALIENÍGENAS QUE VEM BRIGAR NA TERRA, não quero seriedade nisso, não precisa ser sério, e esse é o problema desse e das sequências anteriores, uma história desnecessariamente complexa pro tipo de filme que é, jogando um milhão de conceitos só pra ter coisas pra contar e deixar pontas soltas pra próximos filmes, seja uma algo simples, não queira ser um sci-fy inteligente por que você não é, você é Transformers! Circulo de Fogo é assim, é simples, não tenta ser inteligente ou super-fantástico e por isso funcionou bem melhor como blockbuster.



Guardiões da Galáxia está ai pra provar o quão um filme simples pode ser ótimo, e Transformers tem potencial pra ser algo a esse nível e até melhor, caso bem conduzido e infelizmente não é. Tem muita coisa gratuita e desnecessária que poderia ser limada do roteiro e não ia fazer falta nenhuma, o filme poderia ter duas horas tranquilo e seria bem melhor. Interação com personagens é horrível, tem história humana demais, tudo muito mal executado, Michael Bay não sabe criar expectativa para as coisas, tanto que quando os dinobots aparecem a gente já viu tanta cena de ação legal e já está tão cansado, que o troço não empolga, pra ter ideia eles são tão pouco mencionados do decorrer do filme, que fiquei me perguntando por que eles estavam no lugar de onde saíram, até me lembrar que la pelo meio da história o vilão explica, e depois de tanta porradaria, explosões e cosias gratuitas eu tinha me esquecido completamente.

Bumblebee tocando o terror.


Transformers: A Era da Extinção é isso, um filme longo com complexidade demais pra algo que deveria ser simples, cenas de ação fantásticas, que embora sejam melhores de entender, o design muito detalhado dos robôs ainda dificulta as vezes de saber o que está acontecendo, efeitos especiais maravilhosos, como de costume, personagens desnecessários, Mark Mark cientista, Katara do filme do Avatar (Nicola Peltz), que está linda, mas com pernas finas, Bumblebee, que ainda é o Transformer mais legal, Optimus muito louco, outros Autobots que brigam entre si o tempo inteiro, é isso, o mais novo filme da franquia está ai, e é a resultado de soltar Michael Bay da coleira dele e dizer "Vai, meu filho!". O triste é pensar que já faturou milhões e anunciaram continuações, eu fui ver no cinema, me arrependo, mas fui e acabei contribuindo pra isso, queria muito ver esses personagens que fizeram parte da minha infância nas mãos de alguém competente e com uma direção de arte melhor, queria passar o filme inteiro feliz, como foi em Pacific Rim e Guardiões da Galáxia, mas enquanto Bay estiver rendendo milhões com a franquia sei que isso não acontecer, é triste dizer, mas Transformers não me pega mais, de longe o pior filme que vi esse ano. Vá ver e tire seu próprio julgamento, se gostou dos filmes anteriores, do 2 e do 3 provavelmente vai gostar desse também.



PS: Fica a dica ai, o melhor filme dos Transformers pra mim, depois do primeiro, é animação Transformers: The Movie de 1986.




Trailer do Filme.

Trailer de Transformers The Movie de 1986






terça-feira, 16 de setembro de 2014

Crítica: Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário

   

Cavaleiros do Zodíaco, assistia na época da Manchete, e pude assistir de novo quando foi exibido pelo Cartoon Network na década de 2000, tenho todos os mangás, todos os episódios e filmes, marcou minha infância junto com Dragon Ball e Yuyu Hakusho. E ver esse novo filme no cinema foi nostalgia pura e isso é a única coisa que fez eu não odiar o filme.

Cavaleiros de Bronze, da esquerda para direita: Hyoga de Cisne, Shiryu de Dragão, Seiya de Pégasus, Saoria Kido a Athena, Shun de Andrômeda e Ikki de Fênix.

Eles estão tentando emplacar no Japão o sucesso que Cavaleiros teve há 30 anos atrás, fizeram a saga de Hades, lá pelas bandas de 2000, anos depois do termino do anime, veio o filme Prólogo do Céu que se passa após a saga de Hades, o fantástico Saint Seiya The lost Canvas, que é muito melhor que a própria história original do Masami Kurumada, criador da série, mas que infelizmente não fez sucesso por la e foi cancelada após a segunda temporada, dai veio o polêmico Saint Seiya Omega, que muita gente xinga e fala mal por causa do traço infantil, mas que no fim das contas a história é muito boa, apesar dos pesares (Este que vos fala está acompanhando e gostando do que viu até agora), dai Masami Kuramada, deve ter jogado God of War e pensado "Santo Zeus, eu tenho que colocar isso em Saint Seiya de alguma maneira!", então fez o novo filme Saint Seiya Legend of the Sanctuary pra comemorar seus 40 aninhos de carreira e tentar mais uma vez conquistar a nova geração.

Cavaleiros de Ouro, da esquerda para a direita: Afrodite de peixes, Camus de Aquário, Shura de Capricórnio, Aiolos de Sagitário, Grande Mestre, Mu de Áries, Aldebaran de Touro, Saga de Gêmeos, Máscara da Morte de Câncer, Aiolia de Leão e Shaka de Virgem.

Seiya lutando contra Aldebaran.
Em termos de animação 3D o filme é lindo e lembra bastante Final Fantasy, disso não há do que reclamar, o design dos personagens está ótimo, as armaduras mais realistas, todo o aspecto técnico nesse sentido vale nota 10, mas o problema mesmo está em condensar 74 episódio da saga do Santuário em uma hora e meia de película, é muita história, mesmo sem toda a enrolação que o anime tem, fazendo com que tudo aconteça rápido e súbito demais. Porém um ponto interessante foi a mudança na personalidade de alguns personagens, Seiya virou um alivio cômico que funciona muito bem, mas que talvez ficasse melhor no anime, Shiryu é mais sério e prevenido, todos sofreram alguma mudança que melhorou a interação entre eles, algo tipo Tartarugas Ninja, O Santuário também virou algo mais "mítico" do que só um lugar na Grécia, lembrando Asgard e a ponte do arco-íris, porém, algumas mudanças foram MUITO chocantes, como a que sofreu o Máscara da Morte, que era o cavaleiro de ouro mais sinistro dos 12, virou algo... bom, não vou falar, vejam o filme julguem por vocês mesmos, mas foi  a única coisa que me irritou de verdade, outras mudanças, como Milo de Escorpião ser agora uma mulher, linda e ruiva, eu engoli sem mimimi e curti, o final God of War/Final Fantasy, também me incomodou, mas não me arrancou urros de ódio como alguns fãs indignados que estavam na mesma sessão, entendi as adaptações e o novo modo de contar a história. 




No fim das Contas Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário, vai deixar muito fã irado, e não sei como a nova geração vai encarar por ter ficado algo muito genérico, as lutas não são tão legais, algumas coisas são meio confusas, enfim, vá ver e julgue por você mesmo, mas se é um fã, vá com um desprendimento bem forte de tudo o que conhecia. Como eu gosto muito de Cavaleiros, saí do cinema meio triste, não querendo acreditar que o filme é ruim, no fundo eu me sinto culpado por não ter gostado tanto, mas queria que fosse melhor, muito melhor. A dublagem é o que vai deixar a galera nostálgica, estão todos lá, menos o Valter Borges dos Santos, antigo dublador do Camus de Aquário, que infelizmente morreu no final do ano passado e foi substituído nesse filme por Mauro Castro, que fez um trabalho excelente, e tem também a estreante Silvia Goiabeira que faz a voz da Milo de Escorpião.




Saí do cinema com o pensamento de que se eles quiserem reviver a Cavaleiros pra nova geração, é melhor fazerem igual Dragon Ball Kai, remasterizar o anime clássico, tirar todos os fillers e enrolações, e relançar a série, fica a dica ai Kurumada, e POR FAVOR, TERMINE A HISTÓRIA QUE FOI CONTADA NO PRÓLOGO DO CÉU!





Trailer do Filme.


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Minhas Animações

Galera aqui estão as animações que fiz nos projetos de Animação 2D do Design UFSC.

A primeira é um animatic, que é uma prévia da animação finalizada, a segunda é a animação em si que acabou virando um teaser devido a complexidade dela. Elas servem como prólogo pra um quadrinho que estou desenvolvendo com uma amiga, a história se chama Project Doch' e se passa em um longínquo futuro distópico, onde um robô que viveu por milênios é obrigado a cuidar de uma garotinha que pode ser a esperança para um mundo melhor.

Projeto de Animação 2D1 - Animatic Project Doch'.




Projeto de Animação 2D2 - Teaser Project Doch'